domingo, 20 de janeiro de 2013
O céu é o limite. E que assim seja. Passa-se partes da vida trançando caminhos que possuam algum ponto de chegada, mas não quero falar desses fins de caminhos que a rotina, a tradição e a sociedade nos impõem. Quero os sonhos. Quero os caminhos impalpáveis, alimento das nossas esperanças. Desde de quando éramos crianças, pulávamos dez casas amarelas regularmente organizadas até chegar ao céu, enfrentando pelo meio um inferno pintando de giz. Dez pulinhos frenéticos, cheios de energias, visando apenas a satisfação e alegria de chegar com os dois pés num pequeno céu de um metro de diâmetro. Um céu limitado que nos fazia se sentir donos de um mundo inteiro. 
Dirigindo e fazendo meu caminho de praticamente todos os dias, me vi sendo a primeira fila quando o vermelho do semáforo apareceu. Olhei pra frente, melhor, olhei para o céu. As nuvens, naquela hora, não estavam desenhando. Talvez, estivessem de folga e descansando as canetas, assim como nós que trabalhamos com desenhos e imagens. Talvez, as nuvens estivessem só se divertindo e brincando de desenhos abstratos, para que aqueles que tiraram minutos do seu dia ficassem a pensar sobre o que seriam aqueles amontoados de algodão no céu. 
Para mim, as nuvens eram apenas nuvens. E o céu? O céu tinha se transformado no meu limite. Estaria sempre ali. Se eu andar para frente, ele estará sendo a minha chegada. Se eu decidir voltar, ele estar  ali aconchegando e guiando meu novo caminho. Se eu cansar e deitar no chão, na grama que é mais geladinha, ele estará em parte sendo inteiro, enchendo de vida e criatividade meus olhos e meu coração. 
Céu de noite. Céu de dia. Céu de estrelas. Céu de lua. Céu de desenhos. Meu céu. Nosso céu. Meu, 'céu'...nosso limite.

0 comentários:

Postar um comentário

 
;