quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Poema de finados

Amanhã que é dia dos mortos


Vai ao cemitério. Vai


E procura entre as sepulturas


A sepultura de meu pai.


Leva três rosas bem bonitas.


Ajoelha e reza uma oração.


Não pelo pai, mas pelo filho:


O filho tem mais precisão.




O que resta de mim na vida


É a amargura do que sofri.


Pois nada quero, nada espero.


E em verdade estou morto ali.


(Manuel Bandeira)

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