História de sofrimento, doença e morte lenta.
Nunca faltou quem me quisesse porque sempre fui dor.
Colchão d’água, ira da hidra contra criatura,
Herança.
Nunca faltou quem lhe quisesse
Cheiro exalando da ferida que não fecha, ira do corpo contra a criatura,
Bastança.
Nunca faltou quem te quisesse
Alinhavo frio, tripa de carneiro, organismo, ira de deus contra a criatura,
Vingança.
Nunca faltou quem vos quisesse
Placebo quando não há morfina e o coração vascila e o corpo flutua e a nostalgia da
dor inicia a cura: folia de quem lava as mãos com formol depois de formalizada
atadura.
Esperança: luz escura da lembrança.
Saudade, saúde, paúra
*Adriana Versiani nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais. Foi uma das organizadoras da
Coleção Poesia Orbital (Que em 1997 lançou simultaneamente mais de 60 livros de poesia)
da qual participou com Dentro Passa em parceria com Camilo Lara. Ainda em 1997 publicou
Um Barquinho pelo mar, em 2005 A Física dos Beatles. Partcipou da na antologia
O Achamento de Portugal, Anome livos, 2005, organizada por Wilmar Silva.
ESSE POST RESUME O MEU ESTADO DE SOFRIMENTO EM QUE ME ENCONTRO HJ ESPERO QUE TENHAM GOSTADO!!!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário